O cantor Sidney Magal, de 72 anos, está hospitalizado na UTI desde quinta-feira passada (25) devido a uma crise de pressão alta e permanece sob observação. Através de suas redes sociais, o artista deu detalhes sobre o incidente:
“Tenho pressão alta há muito tempo, ela foi nas alturas, e achei que deveria correr para o hospital”, disse, acrescentando que os médicos “viram que não é nada grave”, disse o cantor na última sexta-feira (26).
Seu filho, Rodrigo Magalhães, revelou que os médicos ainda estão monitorando e controlando a pressão arterial do artista. “Ele segue estável, provavelmente, será liberado da UTI nesta terça-feira (30), mas segue em observação e ainda estão controlando a pressão”, disse o jovem em uma entrevista ao jornal Extra.
Em uma conversa com o Dr. Anderson Oliveira, Cirurgião Geral pelo SUS, Intensivista e Gestor em Saúde pelo Albert Einstein, a IstoÉ Gente obteve informações detalhadas sobre a doença que levou à internação de Sidney Magal. Confira:
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição médica crônica em que a pressão do sangue nas artérias se mantém persistentemente elevada. A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e é expressa através de dois valores: pressão sistólica (o valor mais alto) e pressão diastólica (o valor mais baixo). Valores iguais ou superiores a 140 x 90 mmHg são considerados elevados e indicam hipertensão arterial.
A hipertensão arterial é uma das doenças crônicas mais comuns em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que aproximadamente 1,13 bilhão de pessoas em todo o mundo tenham hipertensão arterial, o que equivale a cerca de 1 em cada 4 adultos. Embora a prevalência seja maior em países desenvolvidos, como Estados Unidos e países da Europa Ocidental, ela está aumentando rapidamente em países em desenvolvimento, devido a fatores como mudanças no estilo de vida e envelhecimento da população.
No Brasil, cerca de 32% da população é afetada pela doença, entretanto apenas aproximadamente 25% recebe o tratamento adequado. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, essa taxa de hipertensos pode ter aumentado devido à pandemia e ao sedentarismo.
A hipertensão arterial é frequentemente chamada de “assassino silencioso” porque, na maioria dos casos, não apresenta sintomas óbvios. Muitas pessoas com hipertensão arterial não têm conhecimento da condição até que seja diagnosticada durante uma consulta médica de rotina ou quando ocorrem complicações relacionadas, como ataques cardíacos, derrames ou problemas renais.
A pressão arterial elevada pode causar sintomas como dores de cabeça, tonturas, visão embaçada, dor no peito, falta de ar e sangramento nasal. No entanto, é importante ressaltar que esses sintomas são inespecíficos e podem estar relacionados a outras condições.
O tratamento da hipertensão arterial geralmente envolve uma abordagem combinada, que inclui mudanças no estilo de vida e medicamentos. Em primeiro lugar, é essencial adotar uma dieta saudável, com baixo teor de sal (sódio), rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Além disso, é altamente recomendável manter uma prática regular de exercícios físicos, como caminhadas ou natação.
Infelizmente, a hipertensão arterial não tem cura e é considerada uma doença crônica. No entanto, pode ser controlada por meio de mudanças no estilo de vida, hábitos saudáveis e alimentação adequada. Evitar o consumo de álcool e o tabagismo também contribuem para o controle e melhoram a saúde cardiovascular.
É importante ressaltar que a falta de adesão ao tratamento pode resultar em várias outras doenças, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal, vasculopatias (alterações nos vasos) e síndrome metabólica. Em casos graves, a hipertensão arterial pode estar associada a lesões cardíacas ou neurológicas e até mesmo levar ao óbito do paciente.
Por isso, a medicina preventiva desempenha um papel crucial. Medidas simples, como mudanças no estilo de vida, alimentação saudável e atividade física, contribuem para uma vida saudável com menor risco de desenvolver doenças como a hipertensão arterial.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da Isto É.
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