De uma maneira geral, os sintomas de depressão se confundem bastante com sintomas de outras doenças. E saber qual a diferença entre um quadro de tristeza, por exemplo, e um caso real de depressão não é a tarefa mais simples do mundo. “Tristeza é uma emoção, enquanto depressão é uma doença”, explica o psiquiatra Ken Robbins, da Universidade de Wisconsin-Madison – nos Estados Unidos.
E verdadeira depressão difere da tristeza em dois pontos-chave:
Sintomas de depressão
A. Severidade
Os sintomas da depressão são severos o suficiente para dominar sua vida e interferir profundamente em sua rotina diária. É como se você estivesse atolado em um mar de areia movediça e, não importa quanta força faça, apenas não consegue sair dali.
B. Duração
A tristeza com certeza faz parte da lista de sintomas de depressão. Mas, quando é “só” tristeza, o sentimento acaba passando em alguns dias e a vida volta a ser como era antes – o que não acontece em uma caso de depressão, quando a pessoa fica triste o tempo todo e por mais de duas semanas.
E, ao contrário do que muitos pensam, os sintomas de depressão vão muito além da tristeza. A seguir, vamos apresentar 11 sintomas de depressão que são os mais comuns. Mas, antes de falar mais sobre cada um deles, vale um alerta: é possível que uma pessoa deprimida não tenha os 11 sintomas de uma só vez, e a intensidade de cada um deles pode variar. O importante, e fundamental, é verificar se vários desses sintomas estão presentes por mais de duas semanas em você, ou em alguém que você conheça. Nesse caso, talvez seja hora de procurar ajuda médica especializada.
Vamos aos sintomas:
Quando o baixo astral domina todos os seus momentos, talvez seja hora de ficar em estado de alerta. Perda de interesse na vida, incapacidade de sentir ou expressar felicidade ou outras emoções também fazem parte do pacote. Como dissemos, é normal se sentir assim quando alguma coisa que não gostaríamos acontece com a gente. Como ser demitido, ou terminar um relacionamento, por exemplo. Mas, o normal é que essa melancolia seja passageira. Quando ela insiste em ficar e anula todas as possibilidades de sorrir e sentir qualquer tipo de alegria, ela não se torna apenas um sintoma, mas também uma das evidências mais fortes de que se trata de um quadro real de depressão.
Se você está em dúvida sobre estar ou não nessa situação, pergunte a você mesmo: “quando foi a última vez que eu fiquei feliz?”.
Quando uma pessoa está com depressão, ela não consegue deixar de sentir que está tudo errado e a culpa de todos os problemas do mundo é dela. A pessoa parece incapaz de ver qualquer lado positivo ou luz no fim do túnel. E então começa a se fixar em erros do passado, ficando horas, dias e semanas remoendo um sentimento de culpa infinito. Falas como “eu não tenho escolha”, “eu não posso fazer nada”, “ninguém se importa” são comuns de se ouvir de alguém que se encontra nessa situação.
Quando o choro é frequente e aparentemente não tem uma causa que o justifique, vem “do nada”, ele pode entrar para a lista de sintomas de depressão. Mas é importante ressaltar que nem toda pessoa deprimida chora. Na verdade, algumas nunca choram. E, segundo um estudo feito na Universidade de São Francisco (Estados Unidos) em 2001, a quantidade de choro não está diretamente relacionada à gravidade da depressão. Contudo, pode ser a pontinha do iceberg.
Pessoas com depressão podem se sentir incapazes de relaxar. Podem ter também um sentimento constante de irritação e raiva de tudo e de todos.
Normalmente, quando uma pessoa está com depressão e não mostra a agitação de que falamos no item anterior, ela tende a ficar mais quieta e se queixar constantemente de cansaço e falta de energia para tudo. Daí vem uma onda implacável de improdutividade que atinge desde o trabalho até as atividades mais rotineiras. Esse sintoma pode ser tão forte a ponto de a pessoa não conseguir mais nem sair da cama.
Esse é um dos sintomas de depressão mais reveladores da doença. A pessoa não tem mais vontade alguma de fazer coisas que antes adorava. E essas coisas podem ser as mais variadas possíveis, como passear com os cachorros, se exercitar, ou tomar conta dos seus sobrinhos. E, assim, a pessoa depressiva vai lentamente se isolando do mundo, recusando convites e qualquer outro motivo para sair de casa.
Esquecer compromissos e recados, cometer erros bobos, não se lembrar de nomes e evitar fazer planos ou adiar decisões. A pessoa considerada “deprimida” é vítima constante de “pensamentos confusos”. Entre os sintomas de depressão, esse é aquele que começa virando motivo de piada, mas pode ficar sério a ponto da pessoa começar a escrever lembretes para ela mesma.
E atenção: essas falhas mentais associadas à depressão podem se parecer muito com “demência”. E, de fato, as pessoas com esta condição são propensas à depressão, e vice-versa.
Falta de sono, ou sono em excesso, e a depressão estão intimamente relacionados. Em algumas pessoas, a depressão se manifesta com insônia, enquanto em outros acontece exatamente o contrário: tudo o que a pessoa quer é dormir. De um jeito ou de outro, a rotina de sono é interrompida e a pessoa nunca se sente descasada o suficiente. Importante saber: a depressão é uma das principais causas de problemas de sono, porque ela interfere nos ritmos biológicos naturais.
Esse é mais um caso em que o sintoma tende a aparecer como um extremo ou outro: a pessoa depressiva pode perder totalmente o interesse na comida, ou começar a comer descontroladamente. De um jeito ou de outro, é relativamente fácil detectar um comportamento anormal, principalmente porque nesse caso, um pouco mais que nos outros, os resultados desse comportamento é geralmente visível.
A depressão é uma das condições mais comumente associadas ao suicídio. Ele começa com o que parece ser uma solução lógica para toda a dor e sofrimento que uma pessoa depressiva sente. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, 90% das pessoas que cometem suicídio tem um quadro clínico de depressão, estão sob efeito de drogas ou ambos.
Quem tem esse tipo de pensamento geralmente fala coisas como “eu queria morrer”, “eu quero acabar com tudo” e por aí vai. O perigo é que muitas pessoas podem pensar que essas são palavras ditas “da boca pra fora”, mas a verdade é que elas realmente sentem essa vontade de colocar um ponto final na vida. E esse, mais do que todos os sintomas, é um indicador de que a ajuda profissional não só é necessária, como é urgente.
1. Dores persistentes, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos que não melhoram com tratamento
A depressão é estressante. Os efeitos físicos do estresse crônico, somado à falta de cuidados com si mesmo, provocam uma série de problemas de saúde, como os que enumeramos acima. Obviamente, alguns destes sinais físicos podem ser pistas para problemas de saúde não relacionados à depressão. O importante é perceber se isso está acontecendo junto com outro(s) sintoma(s) que listamos neste artigo.
Dica: levar uma pessoa ao médico sob o pretexto de avaliar sintomas crônicos permite que você tenha uma chance de fazer um relatório completo de outros sintomas preocupantes que podem levar ao diagnóstico de uma depressão. Isso pode ser muito importante porque pessoas com depressão costumam negar essa condição e todos os possíveis sintomas relacionados a ela. E, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental, até os casos mais severos de depressão costumam responder muito bem ao tratamento adequado. [Health]
Imagem de capa: Shutterstock/Photographee.eu
TEXTO ORIGINAL DE HYPESCIENCE
O ator Selton Mello, de 51 anos, fez um relato contundente sobre a pressão para…
Dá pra comer bem sem abrir mão do sabor. Confira ideias de substituições incríveis!
Polícia aponta que Daniele Barreto planejou tirar a vida do marido, advogado José Lael Rodrigues,…
Organize uma viagem com crianças sem estresse! Confira 6 passos práticos e garanta uma viagem…
A experiência de assistir a este filme é tão inquietante que continua ressoando no espectador…
O humorista Eduardo Sterblitch causou alvoroço nas redes sociais ao falar abertamente sobre sua sexualidade…