saúde mental

Spray nasal pode ser aprovado no Brasil para tratar depressão

Aprovado nos Estados Unidos, um medicamento no formato de spray nasal tem se revelado a nova aposta no tratamento contra a depressão resistente. O fármaco tem como princípio ativo, uma substância derivada da cetamina ou ketamina, como também é conhecida.

Por aqui, o medicamento foi submetido para a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e caso seja aprovado, segue para a comercialização. A comunidade científica internacional já reconhece a cetamina como uma das maiores revoluções em saúde mental das últimas décadas.

Segundo o psiquiatra e professor da UFBA, Lucas Quarantini, o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves e cujos tratamentos já falharam anteriormente no uso de outros antidepressivos. “Esse medicamento é considerado um avanço significativo na condução de tratamentos psiquiátricos. Com ele se criou uma nova classe de medicamentos: os antidepressivos de ação rápida”, explica.

Outro especialista, Kalil Duailibi, psiquiatra da Universidade de Santo Amaro (Unisa) e que acompanhou os estudos brasileiros sobre a cetamina, reitera que a substância age restaurando as conexões nas células cerebrais de pessoas com transtorno depressivo maior. “A cetamina é usada como anestésico desde a década de 1970 e se percebia que a pessoa tinha ativação cerebral após seu uso. Isso motivou estudos sobre seus efeitos no corpo, principalmente nos quadros muito graves de depressão, com risco de suicídio”.

Em relação à apresentação do medicamento, os pesquisadores alegam que a versão nasal usa uma molécula que é entregue em uma dose menor ao corpo, sendo, portanto, mais segura. Mas ressaltam que apesar disso, o spray não deve ser usado em casa.

Mesmo não sendo disponibilizado ainda, a comunidade médica está confiante no sucesso do uso da catamina, isto porque, um estudo de longo prazo com a terapia mostrou que pacientes já estáveis com o tratamento continuado com o spray, em combinação com o antidepressivo oral, tiveram 51% menos chance de recaída do que o grupo controle, que usou antidepressivo oral com placebo.

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Destaques Psicologias do Brasil, com infpormações de Jornal Opção.
Foto destacada: Rehprodução;Jornal Opção.

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