Inicio esse texto com a frase do médico canadense Hans Selye sobre o stress, ele afirma: “o estresse é o resultado do homem criar uma civilização, que, ele, o próprio homem não mais consegue suportar”. Essa frase, na minha opinião, sintetiza muito bem o conceito de stress.
Sentimos stress emocional em nosso corpo e na nossa mente, quando estamos diante de situações que demandam uma capacidade de adaptação que não possuímos.
O stress é uma das questões atuais que mais desperta o interesse de pesquisadores da área da saúde e da psicologia.
Isso porque o stress gera problemas cognitivos e comportamentais, que podem desencadear em sintomas como a queda de cabelo, falta de concentração, dor de cabeça ou enxaqueca, insônia, irritabilidade, problemas de concentração, memória, ansiedade, medo, dificuldade de tomar decisões, problemas de pele, errar com maior frequência e preocupação em excesso.
Tudo isso reduz muito a qualidade de vida e a produtividade que uma pessoa pode gerar, logo, o estudo do stress interessa a várias áreas do saber tais como: medicina, psicologia, administração, entre outras.
No Brasil, temos um Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS) que foi criado e é dirigido por uma das maiores autoridades intelectuais do nosso país quando o assunto é stress, estou me referindo a autora, psicóloga e pesquisadora Marilda Emmanuel Novaes Lipp, que já publicou vários livros e artigos científicos sobre o tema, outra importante psicóloga e pesquisadora do tema é a professora Maria Lúcia Novaes, que tem importantes pesquisas e contribuições sobre o stress.
Uma das teorias levantadas pela professora Maria Lúcia Novaes em suas pesquisas propõe que em se tratando de hipertensos há uma dificuldade de expressar as emoções o que aumentaria os níveis de stress dessa população, o que corrobora com essa teoria seria o fato de que quando estamos diante de uma situação em que é necessário lidar com outras pessoas (ou pessoa) que gera stress, há um aumento a reatividade pressórica. (Lipp, Mecanismos Neuropsicofisiológicos do Stress, p.40)
O tratamento em Terapia Cognitivo Comportamental para stress descrito por Lipp, (TCS – Treino do Controle de Stress) baseia-se no treino de inoculação de stress, na terapia reacional-emotiva e em dados de observações de vários anos de pesquisas clínicas. Segundo Lipp, a Terapia Cognitivo Comportamental é capaz de promover uma maior habilidade nos pacientes para lidarem com o stress e modificarem seus hábitos de vida. O tratamento com o TCS é breve e existem comprovações de que os seus efeitos são mantidos, inclusive com a prevenção de recaídas.
Abaixo selecionei algumas dicas que podem contribuir para o gerenciamento e manejo do stress
Algumas dicas para controlar o stress:
Aprenda técnicas de relaxamento como controle da respiração, relaxamento muscular, entre outras, elas ajudam a diminuir os sintomas fisiológicos que o stress gera em nós;
Se permita ter uma folga e relaxar com uma certa frequência (pelo menos um final de semana a cada 3 ou 4 meses);
E por último o que – na minha opinião, ajuda MUITO na redução do stress é: aprenda a identificar os padrões de pensamentos geradores de stress, que são aqueles pensamentos do tipo “tenho que ser perfeito na finalização disso”, “se eu não fizer aquilo vou fracassar”, “tudo vai dar errado”… Esses pensamentos são disfuncionais e negativos, nos deixam com a sensação de que precisamos ser perfeitos em tudo o tempo todo, isso gera muito stress e por isso esses pensamentos precisam ser questionados e reestruturados, dando lugar a pensamentos mais realistas e funcionais.
Bons pensamentos para todos!
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