Super-roupa aumenta a mobilidade e ajuda idosos na locomoção

Um novo tipo de tecnologia vestível pode ser uma solução para dificuldades que pessoas com mais de 60 anos enfrentam por conta da redução da mobilidade. Desenvolvida pela Seismic (empresa ligada ao centro de pesquisa SRI International, nos Estados Unidos), uma roupa leve e confortável é capaz de estimular a força muscular do usuário.

Os “músculos elétricos” da roupa, estimulados por pequenos motores, fazem contrações que simulam o funcionamento do corpo humano. Esses músculos elétricos são integrados à roupa na altura das articulações e funcionam como tendões no corpo humano.

Um computador e sensores integrados ao traje rastreiam o movimento do corpo. Um software informa quando ativar os “músculos” da vestimenta. Componentes como motores, bateria e um painel de controle são incorporados em pequenos hexágonos na parte inferior da roupa, projetados assim para oferecer conforto ao usuário.

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DETALHE DA “ROUPA ENERGIZADA”. SEUS CRIADORES ESPERAM QUE ELA SEJA ÚTIL NÃO SÓ PARA IDOSOS (FOTO: DIVULGAÇÃO)

“Hoje, os únicos produtos que auxiliam as pessoas a caminhar são andadores e bengalas”, diz Rich Mahoney, fundador e CEO do Seismic.

“Outra opção é ficar em casa ou limitar sua atividade. E a maioria das pessoas escolhe isso, porque não quer ser associado a esses produtos”.

Cadeiras de roda são outra forma de auxílio, mas a roupa da empresa é voltada para pessoas com mobilidade apenas levemente reduzida.

Para que a roupa pareça elegante e seu funcionamento seja discreto, a Seismic trabalhou com o designer Yves Béhar. “O objetivo é desenvolver um produto que você realmente queira vestir e não que você precise vesti-lo”, diz Béhar. “O conforto é tão importante quanto a estética”.

O objetivo da Seismic é lançar o traje – o primeiro item no setor chamado de “roupas energizadas” – no final do ano nos Estados Unidos, Japão e Reino Unido. A super-roupa aparece ao lado de mais de cem outros produtos na The Future Starts Here, uma exposição realizada no Museu Victoria & Albert, em Londres.

“Como designer, meu foco é garantir que essa tecnologia seja usada de uma forma que faça sentido para nós, seres humanos – que melhore nossas rotinas”, diz Béhar.

É difícil prever a direção da tecnologia vestível nas próximas décadas. Mas, como tais avanços são aplicados a uma gama cada vez maior de usos e indústrias – e para ajudar a resolver problemas globais -, certamente o relacionamento simbiótico entre a tecnologia e os humanos pode beneficiar a todos.

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Destaques Psicologias do Brasil. Com informações de: Época Negócios.
Foto destacada: Divulgação/BBC.






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