A vida não seria o que é hoje sem os recursos magníficos da internet, tornando o cotidiano em todas áreas mais ágil e com um acervo de comunicação, informação e conhecimento rápido a nossa disposição. Além disso, as redes sociais são espaços extraordinários para compartilhar experiências, informações e contatos no mundo inteiro.
Mas a “superexposição” tem sido objeto de estudo nas ciências humanas, sobretudo, de pessoas que usam as redes sociais para postarem a “falsa felicidade”, por terem uma necessidade narcísica, de se exporem como lindas, felizes, bem-sucedidas e com relacionamentos maravilhosos. Carregando a internet de selfies em academias, festas, bares, restaurantes, e outras situações, sem a preocupação com os excessos e a ausência de veracidade desses momentos.
As revistas de celebridades e o colunismo social instigam expor nas redes sociais essa falsa felicidade, que dá a sensação de status. Nem que custem a superexposição de imagens, que levam por um caminho arriscado, porque têm pessoas que fazem questão de perambularem como “Outdoors”, para exibirem que estão aproveitando ao máximo a vida e se sentindo super felizes.
Na superexposição da falsa felicidade aparecem as exageradas declarações de amor. Os fatos que se mostram de modo inconsciente são os desejos neuróticos de possuíram um homem, uma mulher, um carro, um relógio, uma joia ou uma viagem. Nas próximas postagens exibem que aquele homem, aquela mulher, aquele carro, aquele relógio, aquela joia ou aquela viagem já foram trocados por outras coisas na busca de uma nova felicidade.
No mundo atual, a felicidade é sinônima de consumo. Compra-se para tentar conseguir nos objetos consumidos o que é mais desejado para ser feliz e mostrar na internet. É a bebida alcóolica sendo qualificada como a alegria de se viver, o cigarro como atitude de vida. É como se vida fosse conduzida por “fetiches”, compra-se coisas que para se exibir, muitas vezes esses produtos, não trazem a mínima importância à vida.
A sociedade moderna está marcada pela ansiedade, que impera uma incapacidade de experimentar profundamente o que nos chega, o que importa é poder contar aos demais o que se está fazendo. Não existe mais o privado, tudo é exposto: o que se come, o que se veste, onde se vai, com quem se sai, o que se compra. Porém, o corpo fica inquieto e a alma enfeia, como uma vertigem permeando as relações, no qual tudo se torna incerto e pode ser deletado. Não é por caso, que o grande assombro do nosso século é a depressão.
Apesar disso há muitas pessoas de bom senso, que sabem que a vida é mais importante do que a virtualidade. Postam emoções, imagens, notícias, críticas e fatos positivos e valorosos nas redes sociais. São pessoas que não precisam provar o tempo todo que são felizes, pois a felicidade não se compra e não se vende, levam esperança e otimismo aonde passam, não fazem fofocas, não criam mentiras, não se envolvem em baixaria e não publicam coisas ruins na internet. O mundo com elas é bem melhor para viver.
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