A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu hoje Alan Diego dos Santos, um dos suspeitos de participar no atentado a bomba, no aeroporto de Brasília, em dezembro. A informação foi confirmada por Ricardo Cappelli, interventor na Segurança Pública do Distrito Federal.
“Preso no MT [Mato Grosso] um dos envolvidos na tentativa de explosão do caminhão tanque no aeroporto de Brasília. A lei será cumprida.”, disse Cappelli.
Por meio de uma nota, o Ministério da Justiça informou que a Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu mandados de buscas, decretados pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Agentes fizeram contato com pessoas próximas ao suspeito e, depois das tratativas, ele se apresentou na Delegacia de Comodoro (MT), onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.
O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) aceitou no fim de semana a denúncia do Ministério Público e tornou réus os três homens acusados de planejar e tentar executar a explosão de um artefato em um caminhão com querosene nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal do ano passado. Santos é um deles.
Os três réus são George Washington de Oliveira Souza, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza.
Em decisão, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal, afirma que a denúncia do Ministério Público preenche os requisitos para abrir uma ação penal contra o trio.
George Washington de Oliveira Souza foi detido logo após a descoberta do artefato. Ele confessou o plano e declarou que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser parceiro na tentativa do crime.
Já Wellington Macedo de Souza teria posto o artefato no caminhão com querosene nas proximidades do aeroporto.
Alan Diego dos Santos, por sua vez, teria auxiliado na preparação do artefato explosivo.
Os três responderão pelo crime de explosão. De acordo com o Código Penal, trata-se de expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de alguém mediante explosão, arremesso ou colocação de dinamite, ou substância análoga. A pena pode variar de três a seis anos de prisão, além de multa.
Os réus também respondem a processos relacionados ao crime de terrorismo, mas este caso tramita na Justiça Federal.
A investigação teve início depois da descoberta de um artefato explosivo posto em um caminhão com querosene nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera de Natal.
O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, confessou ser responsável por montar o artefato. Em depoimento à PC-DF (Polícia Civil do Distrito Federal), ele afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um possível atentado organizado na cidade. O plano envolvia explodir os artefatos para radicalizar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e entregar armas a integrantes de um grupo de bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército.
“Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no quartel-general”, disse o diretor-geral da PC-DF, delegado Robson Cândido ao UOL, em dezembro. “Ele e o grupo falharam, talvez por falta de conhecimento técnico sobre como artefatos do tipo funcionam.”
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do UOL.
Fotos: Reprodução / Twitter.
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