Um terapeuta alternativo foi considerado culpado pela morte de uma idosa diabética durante um de seus controversos workshops, nos quais os pacientes recebem tapas ou são incentivados a se aplicar tapas. Hongchi Xiao, de 61 anos, foi condenado nesta semana pela Justiça do Reino Unido por homicídio culposo por negligência grave, que resultou na morte de Danielle Carr-Gomm em um retiro em Wiltshire, Inglaterra, em outubro de 2016.
Xiao, que se autodenomina curandeiro e afirma ter treinado práticas curativas no Tibete, considera as terapias tradicionais “venenosas” e frequentemente repete o mantra “sem dor, sem ganho” aos seus pacientes. Danielle, de 71 anos, residente de East Sussex, participou da sessão de tapas na esperança de encontrar uma alternativa à sua medicação de insulina para diabetes tipo 1, devido ao seu medo de agulhas e seu vegetarianismo.
Infelizmente, em vez de obter alívio, Danielle passou mal e faleceu durante o retiro. Segundo relatos da Sky News, a idosa já havia sofrido uma reação adversa em um retiro anterior na Bulgária. O promotor do caso relatou que Xiao não buscou ajuda médica para Danielle, mesmo quando ela estava “delirando” e “espumando pela boca” no quarto dia seguido de terapia com tapas.
“Ela estava desesperada para tentar se curar”, disse Matthew Carr-Gomm, filho de Danielle, que reside na Nova Zelândia.
Hongchi Xiao, natural de Pequim, China, e residente em Sydney, Austrália, também esteve envolvido na morte de um menino de 7 anos, também diabético, durante uma sessão de sua controversa terapia em abril de 2015. O menino, que deixou de tomar insulina por recomendação de Xiao, ficou gravemente doente e começou a “vomitar um líquido preto”, o que Xiao atribuiu a uma “adaptação autocurativa do corpo”. Xiao foi condenado pelo incidente no ano seguinte.
Após cumprir pena na Austrália pela morte do menino, Xiao foi extraditado para o Reino Unido, onde enfrentou o julgamento pela morte de Danielle. Sua sentença ainda será proferida.
