Jackson Buonocore
Sociólogo, psicanalista e escritor
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Todos nós temos algum tipo de mania e/ou ritual, que é algo comum. Porém, quando se perde o controle disso, os pensamentos e atitudes podem se tornar recorrentes, prejudicando a vida em todos os sentidos.
É nesse contexto que surge o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), uma doença caracterizada pelo seu alto grau de ansiedade, de ideias obsessivas e de comportamentos compulsivos.
O TOC deixa as pessoas inflexíveis consigo mesmas e com os outros, porque suas ideias e ações são contínuas, confusas e inquietantes, marcadas por uma necessidade extrema de controle.
Na verdade, elas têm uma estrutura psíquica eivada de manias absurdas. Por exemplo, lavar as mãos frequentemente, verificar a tranca várias vezes antes de sair de casa e sempre contar ou organizar as mesmas coisas.
Esses rituais repetitivos são tentativas de aliviar a ansiedade e a angústia, provocando sofrimentos e prejuízos na vida social dos indivíduos com TOC.
No entanto, os motivos da doença ainda não estão bem esclarecidos, mesmo que os estudos apontem causas multifatoriais. Além de tudo, os problemas do mundo de hoje agravam os casos de TOC.
Para a Psicanálise, o TOC é uma neurose obsessivo-compulsiva, onde ocorrem os conflitos com o Ego rígido, que é submetido às demandas do Superego e as pulsões do Id. Ou seja, é uma “desordem geral” na mente dos pacientes.
Enfim, a psicoterapia e a medicação são as melhores alternativas de tratamento do TOC. É importante também ser empático com os que sofrem com a doença.