A regra é clara: cada vez que insistimos em alguém ou em algo que não retorna, acabamos desistindo, aos poucos, de nós mesmos. Ficar correndo atrás do que não tem chances de fazer parte da vida da gente só serve para trazer decepção e para minar qualquer autoestima. É preciso discernir o que pode do que não pode acontecer, ou adoeceremos e viveremos infelizes e intranquilos.
Existirão pessoas que gostarão de nós já na primeira vez e manterão amizade sincera conosco pelo resto de nossas vidas, sob sol ou sob tormentas. Outras pessoas jamais gostarão muito de nós. Afinidade não se explica nem se cobra, simplesmente acontece. Não conseguimos explicar direito, mas os amigos verdadeiros serão aqueles que, não importa há quanto tempo conhecemos, parecerão como amigos de infância.
Alguns empregos parecerão serem feitos para nós, por mais que relutemos em aceitá-los. Poderemos até tentar nos aventurar por ocupações outras, investindo e nos dispondo a dar certo naquilo, porém, nem sempre nosso perfil será afim com o trabalho que desejamos. Aceitarmos nossas limitações e valorizarmos nossas potencialidades é o que nos tornará mais abertos a nos sentirmos realizados fazendo aquilo que se encaixa perfeitamente em nossas habilidades e aptidões.
Nem todo mundo que amarmos nos amará de volta. Não seremos a escolha de todos por quem nos apaixonarmos. Por mais que nos entreguemos, por mais que nos doemos e ofereçamos o nosso melhor, não conseguiremos ser morada de quem não tiver a real intenção de ficar. Sentimento também é algo que não se explica, ele simplesmente acontece ou não. Deixar de insistir em sentimentos não correspondidos pode ser penoso, de início, mas, com o tempo, irá nos oportunizar vivenciar afetividade recíproca junto a quem retornará afeto na mesma medida.
Não force nada, nem roupa, nem sapato, nem sentimento, nem relacionamento. Tudo o que for insistência apenas trará dor, decepção e sofrimento. Deixe a vida fluir e lute pelo que vale a pena e por quem faz diferença positiva na sua vida. O que não ficar, foi-se, já era, adeus. O que permanecer então será intenso, verdadeiro e recíproco, como deve ser.
Imagem de capa: Michelangelo Gratton/shutterstock