Velho ou Idoso são termos usados para pessoas que saíram da idade adulta partindo para a nova fase onde mudanças fisiológicas e psicológicas significativas ocorrerão. A velhice é considerada a terceira idade da vida humana. De acordo com a Organização Mundial de Saúde essa etapa da vida começa aos 65 anos, mesmo que alguns ainda se sintam bem jovens nessa idade e outros comecem a sentir alguns desgastes.
Desde a antiguidade, existem visões sobre a velhice que variam de acordo com os costumes e valores da época, podemos citar como exemplo Aristóteles que dizia que a velhice é uma doença natural, enquanto Sêneca afirmava que a velhice é uma doença incurável.
Roger Fontaine, Doutor em Psicologia do Desenvolvimento, em seu livro Psicologia do Envelhecimento, define o envelhecer como um conjunto de fenômenos dinâmicos que o organismo sofre após o período de desenvolvimento, os quais provocam modificações biológicas e/ou psicológicas. Para o autor, o significado de envelhecimento é diferente do conceito de velhice. Sendo o primeiro, o processo natural a nível celular envolvendo o processo metabólico, enquanto o segundo representa o grupo das pessoas com mais de sessenta anos.
Os estudos no que tange a terceira idade aumentaram recentemente, e vemos serviços de várias árias voltando-se para este público experiente. Isso se deve ao fato de que a população está envelhecendo, ou seja, os idosos já constituem parte significativa da nossa sociedade. Contudo, se anteriormente a velhice era sinônimo de orgulho, posto que poucos atingiam esta alcunha, hoje ela é um fardo para muitos daqueles que a carregam. François Chateaubriand certa vez escreveu: “outrora a velhice era uma dignidade; hoje, ela é um peso”.
E realmente ainda podemos encontrar indivíduos que ao chegar à altura da terceira idade, desistem de novos planos e metas, adotando a postura passiva da espera pelo ultimo suspiro. Tal situação decorre da consciência sobre a possibilidade de voltar a depender de alguém, sobretudo, da estagnação a que os velhos são submetidos diante da limitação de sua utilidade econômica para a sociedade e, até mesmo, da morte social que esta lhes impõe.
Por outro lado, em determinadas ocasiões, a comunidade de certa forma reforça a visão do idoso como indivíduo frágil, debilitado e/ou necessitado de ajuda, aqui me refiro às placas que encontramos para descrever serviços ou benefícios voltados aos idosos, sabe aquelas plaquinhas com um velhinho curvado apoiando-se sobre uma bengala? Será que todos os idosos se parecem assim?
Devemos ter em vista que a terceira idade é um período marcado pela sabedoria e pelo acúmulo de experiências, e ainda que considerada a última etapa do desenvolvimento humano, não é sinônimo de morte. Diante disso, é fundamental que compreendamos as limitações que esta fase da vida nos traz; entretanto, tão importante quanto, é saber reconhecer que a velhice não corresponde ao fim e que cabe a cada um decidir a forma como quer vivê-la.
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