SOCIEDADE

‘Uma pedra de gelo tem mais sentimento’, diz avó sobre neta envolvida na morte dos pais e do irmão

A avó materna de Anaflávia Gonçalves, acusada de encomendar a morte de seus próprios pais e irmão em 2020, na região do ABC Paulista, revisitou os dolorosos eventos durante sua participação no programa “Encontro”, da TV Globo, nesta sexta-feira, 3 de maio.

O crime foi discutido no programa “Linha Direta” de quinta-feira. Romuyuki Veras Gonçalves, Flaviana de Meneses Gonçalves e Juan Victor Gonçalves, respectivamente pai, mãe e irmão de Anaflávia, foram vítimas de roubo, assassinato e tiveram seus corpos queimados.

“Quando eu fiquei sabendo foi um susto. Me tirou do chão. Eu queria pensar que foi outra pessoa, uma outra pessoa, a dor seria menor. Eu ia sentir a morte deles, lógico, mas eu acredito que ia ser menos do que a minha neta, meu sangue. Eu nem desconfiei […] Até hoje, quatro anos e 3 meses, eu não acredito que aconteceu tudo isso comigo, com a minha família, com ela, minha primeira neta. Eu ajudei a cuidar, eu embalei ela”, iniciou Vera.

Ela enfatizou que a neta foi criada com todo o carinho e afeto, mas desde o crime não mantém mais qualquer relação com ela. “Com a Anaflávia eu não tem mais sentimento nenhum. Ela não é mais nada minha. Eu só quero justiça dela e dos quatro, né? Porque foram cinco [suspeitos]. Mas a pior foi ela, porque os outros não mataram pai, mãe e irmão. Ela matou pai, mãe e irmão”, desabafou.

Durante a entrevista, Vera também falou sobre o comportamento de Anaflávia durante o velório dos pais e do irmão, quando ainda não se suspeitava dela pelo crime. “Uma pedra de gelo tem mais sentimento do que ela. Até hoje eu falo, a gente sente o gelo, ela não. Ela agiu naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Chorando fazendo cena. Eu choro de tristeza e dor, ela fazendo cena”, relembrou.

A tragédia devastou profundamente a família de Vera. Seu marido e outro filho, Flávio, cometeram suicídio anos após o crime, incapazes de lidar com a possibilidade de Anaflávia não ser condenada. “Eu preciso sair do luto, preciso começar a viver. Eu sou uma sobrevivente”, concluiu Vera.

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