Vacinas contra câncer poderão estar disponíveis em 2030, afirma empresa farmacêutica

A Moderna, empresa farmacêutica dos Estados Unidos, fez um anúncio que causou furor. No fim de semana, um executivo da empresa afirmou que eles pretendem ter vacinas prontas contra o câncer e outras doenças até 2030.

Segundo Paul Burton, diretor médico da Moderna, a experiência adquirida com o desenvolvimento da vacina contra a Covid acelerou as pesquisas na empresa.

“Acho que o que aprendemos nos últimos meses é que, se você já pensou que o RNAm era apenas para doenças infecciosas ou apenas para Covid, a evidência agora é que esse não é o caso. Pode ser aplicado a todos os tipos de áreas de doença; em câncer, doenças infecciosas, doenças cardiovasculares, doenças autoimunes, doenças raras”, disse o executivo ao jornal britânico The Guardian.

Ainda de acordo com Burton, já existe um horizonte em relação às vacinas contra o câncer. No entanto, ele não deu detlhes sobre quais tipos de tumor a vacina trataria.

“Teremos essa vacina, ela será altamente eficaz e salvará muitas centenas de milhares, senão milhões de vidas. Acho que seremos capazes de oferecer vacinas personalizadas contra o câncer, vários tipos diferentes de tumores, para pessoas em todo o mundo”, declarou.

Uma vacina contra o câncer atuaria para alertar o sistema imunológico sobre a presença de células cancerígenas em crescimento no corpo, permitindo que o próprio organismo ataque essas células de forma seletiva, sem afetar as células saudáveis.

A FDA, agência reguladora de medicamentos dos EUA, designou como “terapia inovadora” uma vacina desenvolvida pela Moderna que atua no tratamento de melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele.

A partir dessa designação, o desenvolvimento e a revisão do medicamento pela agência ganha mais agilidade.

Os resultados do ensaio clínico de fase 2 apontaram que a vacina combinada com o medicamento de imunoterapia Keytruda, da farmacêutica Merck, reduziu em 44% a recorrência do melanoma.

Também existe a expectativa de vacinas para doenças raras em cerca de dez anos.

“Estamos nos aproximando de um mundo onde você realmente pode identificar a causa genética de uma doença e, com relativa simplicidade, editar e reparar [os genes] usando a tecnologia baseada em RNAm”, detalhou.

Cientistas alegam, no entanto, que para que isso seja possível, é necessário manter um alto nível de investimento nas pesquisas.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do R7.
Foto destacada: Reprodução.






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