A psicoterapia de grupo costuma ser um processo mais rápido do que a psicoterapia individual, além do custo financeiro ser menor, viabilizando o acesso para um número maior de pessoas. Em contrapartida, é uma modalidade de atendimento bastante rica, oferece oportunidades valiosas para ampliar o autoconhecimento, o crescimento pessoal e a assertividade nas relações.
A dinâmica do grupo remete ao que vivenciamos no contexto social, familiar e profissional. Diferentemente da psicoterapia individual, onde a relação é composta somente pelo terapeuta e o cliente, restringindo aos recursos desses.
Nesse contexto ampliado de psicoterapia, composto por vários indivíduos, passamos a nos conhecer melhor, a partir das observações dos nossos incômodos nessas interações e do feedback dos outros integrantes do grupo, a respeito do nosso jeito de ser e discursos. Os comportamentos aparecem mais claramente, principalmente a partir do impacto dos outros em nós, além de termos mais devolutivas quanto as nossas atitudes.
As pessoas são diferentes e com as sessões vai-se ampliando a percepção não só de nós mesmos, mas também do outro e das realidades a nossa volta, acessando novos conhecimentos, experimentando olhares distintos e possibilitando diversos insights. Permitindo que crenças limitantes possam ser questionadas e que outras mais sustentadoras sejam desenvolvidas.
Nesses contatos a singularidade de cada um também é confirmada, contribuindo para uma maior autoconfiança nos relacionamentos interpessoais e amorosidade consigo, estimulando o aprimoramento de habilidades sociais e a autoaceitação, que é imprescindível para mudanças.
No decorrer dos encontros, vivenciam-se também sentimentos de pertencimento e empatia, atitudes de acolhimento e inclusão, tentativas de controle, desenvolvimento de afetividades e intimidades, assim como a dispersão e diluição. Ou seja, assim como bem disse Ribeiro (1994), “O grupo é uma miniatura da vida”. E para lidar melhor com ela, nada é mais propício do que se proporcionar participar de um grupo terapêutico, composto por pessoas que buscam assim como você, se melhorarem, evoluírem, contando também com o terapeuta como “guardião” dessas relações. Ou seja, “o outro deixa de ser o problema para ser a solução”.