Em entrevista para revista Variety na última sexta-feira, 20, Viola Davis, de 56 anos, fez algumas reflexões à respeito do racismo em Hollywood. A premiada atriz relembrou um episódio de preconceito por parte do diretor de uma produção na qual trabalhou.
“Ele disse: ‘Louise!’. Eu o conheci por 10 anos e ele me chamou de Louise. Descobri que era pelo fato de o nome de sua empregada ser Louise. Eu tinha por volta de 30 anos àquela época, então já faz algum tempo, mas o que você tem que perceber é que essas microagressões acontecem o tempo todo”, afirmou.
Viola falou ainda sobre a escassez de personagens importantes para atores e atrizes negras no cinema e na TV: “Sei que quando deixei How To Get Away With Murder, série da qual foi protagonista, eu não vi muitas mulheres de pele negra em papéis principais na TV, e nem mesmo em serviços de streaming”.
A atriz usou como exemplo o filme “Comer, Rezar, Amar”, em que atuou como personagem coadjuvante. Segundo ela, caso a personagem de Julia Roberts fosse negra, não seria interessante para a indústria. “As pessoas não conseguem conciliar a negritude com o despertar espiritual e a sexualidade. É muita coisa para elas”.
“Se eu quisesse interpretar uma mãe de família que vive numa vizinhança pobre e que meu filho fosse um membro de gangue que morreu por um tiro, eu poderia. Se eu interpretasse uma mulher que está querendo se repaginar voando para Nice e dormindo com cinco homens aos 56 anos – parecendo comigo, eu teria dificuldades para fazê-lo, mesmo como Viola Davis”, disse.
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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Correio Braziliense.
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