“Você é a média das cinco pessoas com quem passa mais tempo” por Eduardo Zanini

Por Eduardo Zanini

Neste último final de semana de Páscoa estive em Veranópolis, no interior do Rio Grande do Sul, cidade onde nasci e onde meus pais vivem até hoje.

Foi um final de semana muito legal com a família quase toda reunida – como somos muitos, fica difícil juntar todos os parentes.

Fizemos inúmeras coisas por lá: desde ninhos de coelhos para as crianças até sair para jantar com amigos e jogar canastra com a minha família.

E talvez você esteja se perguntando o que diabos você tem a ver com o meu final de semana ou a minha Páscoa, né?

Bom, em meio a esse feriado agitado fiquei pensando sobre temas para o meu próximo artigo e aí surgiu uma ideia baseada numa frase do Jim Rohn, famoso empreendedor e mentor de um dos maiores Coaches do mundo, Anthony Robbins, que certa vez disse o seguinte:

“Você é a média das cinco pessoas com quem passa mais tempo”.

A frase é polêmica e não tem embasamento científico, porém, tem seu fundo de verdade e é reconhecida por muitas pessoas influentes.

O ambiente no qual vivemos afeta quem realmente somos. Isso é fato. O grupo em que estamos inseridos e suas características influenciam na maneira em que nos comportamos. Não há como negar.

Algumas destas experiências que citei acima me fizeram perceber algumas coisas que elenco abaixo.

Experiência das crianças

O fato de as crianças estarem brincando e procurando ninhos com ovos de chocolate me mostrou como o ambiente alegre e de muita amorosidade tornou uma experiência simples em algo grandioso e inesquecível para elas.

Será que você oferece algo parecido no ambiente em que está inserido?

Jantar com amigos

Geralmente, quando visitamos minha cidade natal, além de ficarmos na companhia dos familiares, encontramos nossos amigos para bater um papo e tomar aquela cerveja bem gelada.

Na maioria das vezes o programa escolhido é um jantar na casa de alguém. Geralmente ficamos até muito tarde bebendo e jogando conversa fora. É algo renovador.

Mas, neste final de semana fizemos diferente: escolhemos jantar num famoso restaurante da cidade – que eu não conhecia por sinal – , e foi bem bacana.

Entre uma cerveja e outra começamos a falar de negócios. O que cada um tem feito e o que temos aprendido com essas experiências.

O interessante é que, durante a conversa, veio a tona um assunto que é tema da frase de Jim Rohn, sobre andarmos com pessoas que estão fazendo algo em comum conosco e que estão, de fato, tendo resultado com isso.

Quando nos juntamos a pessoas alinhadas com o nosso mindset, o impacto positivo em relação ao nosso negócio é maior. As conversas se tornam extremamente positivas, visto que os interlocutores já passaram pelas mesmas experiências, tanto de sucesso como de fracasso, e sabem o caminho das pedras, tendo sempre alguma palavra de incentivo que irá te ajudar de alguma forma ou outra.

Porém, o inverso também pode ocorrer. Ter o mesmo tipo de conversa com pessoas que não passaram pelo mesmo que você e não tiverem as mesmas experiências pode ter um impacto negativo – para não dizer devastador – e, mesmo que inconscientemente, estes caras irão te dizer para não fazer isso ou aquilo porque nada disso dará certo.

Carteado com a família

Minha família materna tem por tradição jogar canastra quase todos os finais de semana. É um jogo bastante divertido, geralmente jogado em duplas, e que exige um senso de trabalho em equipe.

Eu e meu irmão mais velho formamos uma dupla contra minha mãe e minha esposa. Em pouco tempo de jogo começamos a vencer com tanta facilidade que entrou em ação algo que eu chamo de grau de superioridade. Em nossa cabeça estava tão fácil que estávamos nos sentindo os campeões da mesa, os atores principais.

Mas, de uma hora para outra as coisas começaram a mudar. Nossas rivais alteraram suas estratégias de jogo e logo viraram o placar contra nós. No final, venceram por uma diferença de 30 pontos.

Essa ideia de superioridade, na maioria das vezes, impede nossa evolução. Nós podíamos ter vencido o jogo facilmente, mas fomos impedidos por uma mentalidade de “em jogo que se ganha não se mexe”. Nem eu, nem meu irmão, pensávamos que poderíamos ser derrotados. Nosso mindset era o mesmo. Em nossa cabeça, já estava ganho. Não havia ninguém nos incentivando ou cortando o “oba-oba”.

O que fica de lição é que o importante é sempre nos cercamos das pessoas certas. São elas que irão nos incentivar, contagiar e servir de inspiração.

Conclusão

Nossas escolhas sociais e profissionais tem grande relação com os resultados que almejamos. Elas são fundamentais para a concretização ou não dos nossos objetivos.

Via de regra, cercar-se de pessoas saudáveis, inteligentes, desafiadoras e com o mesmo objetivo em comum provavelmente fará você moldar esses caras – e vice-versa.]

TEXTO ORIGINAL DE REVISTA PAZES






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