“Era uma vez um sonho” (Hillbilly Elegy), o filme dirigido por Ron Howard, adapta o aclamado livro de memórias de J.D. Vance, publicado em 2016. A obra de Vance não apenas narra sua vida pessoal, mas também oferece uma análise profunda das dificuldades enfrentadas pela classe trabalhadora branca dos Apalaches, uma região frequentemente negligenciada pela mídia e pela política.
No filme, seguimos a trajetória de J.D. (interpretado por Gabriel Basso), desde sua tumultuada infância em Middletown, Ohio, até suas lutas para se adaptar e prosperar na prestigiosa Universidade de Yale. O filme destaca as complexas dinâmicas familiares, com Amy Adams interpretando sua mãe, Bev, uma mulher lutando contra o vício e a instabilidade emocional, e Glenn Close no papel de Mamaw, a avó dura, mas amorosa, que se torna uma figura central na vida de J.D.
A narrativa de “Hillbilly Elegy” se aprofunda nas raízes culturais e sociais da região dos Apalaches, expondo os desafios de gerações de famílias presas em um ciclo de pobreza e falta de oportunidades. Vance usa suas experiências pessoais para ilustrar problemas sistêmicos, como o declínio industrial, a dependência de programas de assistência social e o impacto devastador do vício em opioides.
A recepção crítica ao filme foi variada, com alguns elogiando as atuações poderosas de Adams e Close e a representação sincera das dificuldades enfrentadas por essas comunidades. Outros críticos sentiram que o filme falhou em capturar completamente a profundidade sociológica e política do livro de Vance, acusando-o de simplificar questões complexas ou de perpetuar estereótipos.
Além do impacto cultural e social de sua autobiografia e sua adaptação cinematográfica, J.D. Vance emergiu como uma figura influente na política americana. Em 2024, ele se uniu a Donald Trump como candidato a vice-presidente.
Veja o trailer de “Era uma vez um sonho”: