Websites estão trazendo a experiência de apostas esportivas: O que dizem os estudos sobre isso?

No Brasil a lei proíbe a existência de casas de apostas que não sejam uma agência da própria Caixa Econômica Federal em espaços físicos há muito tempo e até hoje são discutidas novas formas de alterar isso, mas, e se você pudesse usufruir desse tipo de entretenimento de maneira legal e sem sair do conforto de sua casa? Esse é um dos grandes diferenciais que fazem com que novas pessoas comecem a usufruir de websites que envolvem o assunto em questão. Na Europa e nos Estados Unidos a prática já é bastante comum e por aqui houve um grande crescimento recente, principalmente pelo sancionamento do ex-presidente Temer, onde é preparado para que essas empresas possam localizar seus serviços nacionalmente, em breve, para uma previsão onde deve-se arrecadar R$6 bilhões em impostos.

Essa comodidade, naturalmente, proporciona ao usuário muitas facilidades e você pode vivenciar a experiência de fazer uma aposta com ganhos. Websites localizados na língua portuguesa brasileira que não são da Caixa Econômica, como o da casa de apostas online Betway Esporte, fazem todo o tipo de apostas esportivas, por exemplo. Ou seja, você pode dar palpites sobre jogos de basquete, de torneios brasileiros de futebol, Premier League, e-sports (para partidas de jogos online), etc. Com feedback rápido e marcas de longa data, esses websites podem trazer o sentimento de segurança e a possível recompensa das apostas, no entanto, existe um outro lado dos jogos: Os possíveis vícios – e existem vários estudos demonstrando esse outro lado e testes clínicos trazendo à tona sobre as perdas que os mesmos podem gerar.

Especialistas da Johns Hopkins University, conhecida por variados outros estudos relevantes na medicina, identificaram uma região do cérebro ligada à tomada de decisões de risco que fazem um papel crítico nos problemas ligados ao vício em apostas, publicado em 20 de setembro em Current Biology (revista científica quinzenal). Em estudo, os autores analisaram o comportamento de Macacos Rhesus, que dividem uma estrutura cerebral e funcional semelhante ao do ser humano e, como nós, eles são tomadores de decisões de riscos.

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Primeiramente, os autores do estudo treinaram dois macacos para apostar contra um computador para ganhar goles de água. Sendo assim, eles tinham de escolher entre uma chance de 20% de receber 10 mililitros de água contra 80% de chance (mais confiável), de ganhar apenas 3 mililitros. Os macacos, sem hesitar e animados, fizeram as apostas mesmo quando já não tinham mais sede.

Prévios estudos mostraram que uma região do cérebro chamada SEF (em português, campo ocular suplementar) também está envolvida na tomada de decisões, além de regular os movimentos oculares. Quando suprimiram a atividade do SEF resfriando a região com uma placa de metal externa – um processo que é inofensivo e reversível – os macacos tinham 30 a 40% menos probabilidade de fazer apostas arriscadas.

O neurocientista e co-autor do estudo da Johns Hopkins University, Veit Stuphorn, diz que as descobertas não foram totalmente imprevistas, vendo o papel que o SEF e suas áreas vizinhas desempenham nas decisões, contudo, ele está intrigado com o fato de uma área do cérebro estar tão ligada ao processamento do risco associado a um determinado comportamento. Ele continua: “A especificidade da contribuição do SEF para decisões arriscadas foi surpreendente para nós.” Em outras palavras, o SEF parece moldar a atitude em relação a um comportamento de risco específico.

Stuphorn também sugere que isso representa um possível alvo de tratamento para pessoas propensas a atividades excessivamente arriscadas, como os apostadores compulsivos.

Ele conclui: “Não entendemos a rede de risco no cérebro o suficiente para pensar em implicações terapêuticas. Mas, à medida que nosso entendimento aumenta, há esperança de melhores intervenções comportamentais baseadas em uma melhor compreensão dos fatores que determinam as decisões arriscadas.”

Vale lembrar que, sites de apostas confiáveis têm regulamentações como a da International Betting Integrity Association e selos como as da gamblingtherapy.org e podem até expulsar um apostador caso eles verifiquem uma prática perigosa ou danosa para o site ou para o próprio usuário. Há também a possibilidade do usuário impor de tempos em tempos um limite de apostas por um certo período de tempo, com sistema de segurança contra a ultrapassagem dos mesmos. Não são soluções definitivas, pois decisões por impulso podem estar presentes no nosso dia a dia, mas ajudam no controle ou na falta dele, para pessoas que possam ter distúrbios relacionados.

Lembrando novamente que certas modalidades de jogos estão presentes no Brasil desde muito tempo nas Lotéricas e seus parceiros legalizados, como um monopólio de jogos de apostas e sorteios fora da internet. Tendo isso em mente, o importante no entanto, é manter nossa saúde mental em dia, evitando também outros transtornos, já que as apostas nunca estiveram realmente distantes da população.






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