Por Ed Mazza
Um psiquiatra conceituado está contestando a opinião de um grupo de profissionais da sua área que escreveu uma carta ao “New York Times” dizendo que Donald Trump sofre de “grave instabilidade emocional” que “o torna incapaz de exercer com segurança o papel de presidente”.
Mas não é exatamente uma carta de apoio ao presidente.
Allen Frances, professor emérito de psiquiatria e ciências comportamentais na Faculdade de Medicina da Universidade Duke, disse ao jornal que ele redigiu os critérios para definir o transtorno de personalista narcisista – e que Donald Trump não os satisfaz.
“Ele pode ser um narcisista de primeira ordem, mas isso não o torna doente mental, porque ele não apresenta o sofrimento ou a debilitação necessários para diagnosticar um transtorno mental”, o psiquiatra escreveu.
E acrescentou:
Trump provoca sofrimento grave, em vez de senti-lo, e vem sendo fartamente recompensado, em vez de punido, por sua megalomania, absorção em si mesmo e falta de empatia. É um insulto estigmatizante aos doentes mentais (em sua maioria bem comportados e bem intencionados) enquadrá-los na mesma categoria que Trump (que não é nenhuma dessas duas coisas).
Frances pediu que outros profissionais da área de saúde mental parem com os “xingamentos psiquiátricos” e, em vez disso, denunciem Trump “por sua ignorância, incompetência, impulsividade e esforço para dotar-se de poderes ditatoriais”.
Imagem de capa: Shutterstock/stock_photo_world
TEXTO ORIGINAL DE BRASILPOST
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